Silêncio e Gesto

Silêncio e Gesto —Coleção inspirada na cerimônia do chá japonesa

Criei essa pequena coleção em um momento especial. São dois vasos que nasceram do meu encantamento pela cerimônia do chá japonesa (Chanoyu), onde tudo é gesto, silêncio e intenção. Cada peça foi pensada como parte de um diálogo, uma fala da estrutura, do preparo silencioso. A outra, da entrega, do acolhimento.

Chamei essa série de Silêncio e Gesto porque é assim que sinto o que acontece entre as mãos e o barro.

É um encontro. Uma pausa. Um jeito mais presente de olhar e fazer.

Ainda estou no começo da minha jornada como ceramista, mas essas duas peças representam um passo importante. Foram feitas com calma, pesquisa e respeito à técnica, à cultura e ao tempo de cada etapa.

Por admin, 23 Junho, 2025

Dois vasos. Duas vozes.
Um revela, o outro retém. Um carrega as marcas da mão, o outro silencia nas superfícies lisas.

Ambos foram modelados em grés e queimados a 1250 °C. Um recebe acabamento claro e áspero, marcado por intervenções diretas, o gesto. O outro, escuro, opaco, com textura contida, o silêncio.

Fazem parte da coleção Gesto e Silêncio, em que busco representar o contraste entre expressão e contenção. Cada peça carrega um estado interno, uma resposta à matéria. O gesto aparece onde há entrega. O silêncio, onde há escuta.

Por admin, 16 Junho, 2025

Antes de modelar minha primeira peça grande, já tinha feito mais de 200 pequenas. xícaras, pratinhos, enfeites,  peças feitas com calma, uma a uma, aprendendo. Guardo todas com carinho, porque são parte do meu começo. Mas ainda era um começo tímido, delicado, de experimentação.

Foi no ateliê da minha professora, Magali Ercolin, que algo mudou. Um dia, ela me mostrou um livro. Estava ali, entre os materiais, como quem espera ser encontrado. E foi.

Por admin, 16 Maio, 2025

Meu trabalho começou num momento em que eu buscava silêncio e foi no barro que encontrei.

Sou Renata Catena, e ainda estou no começo do meu caminho como ceramista. Tenho aprendido aos poucos, com as mãos e com o tempo, entre tentativas, erros e pequenos acertos que me animam. Venho de uma vida corrida, empreendo, toco projetos sociais, mas foi na cerâmica que encontrei um lugar diferente. Um ritmo mais calmo, mais presente. Um tempo que me obriga a estar ali, inteira.