Olá, eu sou a Renata e faço cerâmica com as mãos e com o coração

Por admin, 16 Maio, 2025
Renata Catena e Magali Ercolin

Embora eu esteja há pouco tempo nesse universo, comecei meu caminho na cerâmica em setembro de 2024 e já moldei mais de 200 peças, uma a uma, aprendendo e colocando o coração em cada etapa.

A cerâmica apareceu na minha vida em um momento em que eu precisava desacelerar. Comecei como quem busca um tempo pra si, sem pressa, só pra respirar. E acabou virando parte da minha rotina, da minha forma de viver mesmo.

Meu primeiro contato com a cerâmica aconteceu durante uma exposição na sede da BASF, em São Bernardo do Campo, onde participei representando a ONG Human Hand, que fundei há 7 anos. Naquele evento, me encantei com as peças expostas pela Rede Balsear, trabalhos que traziam força, delicadeza e uma conexão com a natureza. E foi nesse mesmo evento que conheci a Ana Lúcia, ceramista da região do Riacho Grande, com quem tive minha primeira experiência prática na cerâmica.

Algum tempo depois, busquei aprender mais. Fiz um curso básico com Ana Lúcia, e mesmo sendo uma introdução simples, foi o que abriu meu olhar e me levou a querer entender mais sobre esse universo. Me mostrou que ali havia algo que ia gostar de verdade.

Eu e Ana Lúcia durante a Feira de Artesanato da ACISA na Scania

Eu e a Ana nos encontramos novamente durante a Feira do Artesanato da ACISA, realizada na sede da Scania. Estávamos novamente em contextos diferentes, mas conectadas pela cerâmica e pelo afeto que esse caminho traz.

Mais adiante, conheci a ceramista Magali Ercolin, mestre artesã com mais de 25 anos de trajetória. Com ela aprendi que trabalhar com o barro é mais do que moldar formas é escutar, observar, aceitar os erros e respeitar o tempo do processo. Suas peças, feitas em faiança e com forte carga simbólica, me mostraram um outro caminho dentro da cerâmica, mais profundo e mais intuitivo.

A prática me levou naturalmente até a tradição japonesa da cerimônia do chá (Chanoyu), que me inspira profundamente. É de lá que vem a ideia da minha primeira coleção: peças simples, com textura crua, esmaltes feitos com cinzas de madeira e café.

Sempre fui apaixonada pela cultura japonesa. Andar pela Liberdade, em São Paulo, é algo que faço há anos. Gosto do clima calmo, dos detalhes, das comidas. Foi lá que fiz um curso com o chef Renan Zonta Braga, da Nagoya Sushi School, e aprendi que até o preparo de um sushi tem uma filosofia por trás. O corte certo, o silêncio, o respeito pelo alimento.

Eu e o chef Renan Zonta Braga durante o curso de sushi na Nagoya Sushi School

Eu e o chef Renan Zonta Braga, durante o curso de sushi na Nagoya Sushi School. Uma experiência que me ensinou sobre atenção, respeito e silêncio, valores que também levo para o barro.

Eu sempre fui muito ativa: administro empresa, toco projetos, trabalho na ONG. Mas foi na cerâmica que encontrei um lugar diferente. Um lugar onde o tempo anda mais devagar e tudo precisa de atenção.

Ainda estou aprendendo. Tenho vontade de entender mais, de testar, de errar e tentar de novo. Não tenho pressa, mas tenho muita vontade. Essa página é só o começo de algo que está crescendo dentro de mim.

Seja bem-vindo.

Não esquece de seguir a gente no Instagram!  @renatacatena.art